“A dor e a delícia de ser o que é”: a fibromialgia e a dor na história das doenças

Danielle de Souza Fialho, Eliza da Silva Vianna

Resumo


O campo da história das doenças demonstrou que as enfermidades são ao mesmo tempo individuais e sociais. A dor, neste mesmo sentido, é individual e também aprendida socialmente. Cada cultura possui uma compreensão sobre as sensações dolorosas físicas que diferem no espaço e no tempo. Este artigo busca analisar o papel da dor e suas representações na fibromialgia, doença definida clinicamente nos últimos anos do século XX, a partir das definições médicas e das narrativas de pacientes presentes em diários virtuais (blogs). Percorremos algumas das definições e representações da dor ao longo do século XX. A dor era considerada um sintoma “salutar” no séc. XVIII, mas à medida que a cirurgia médica se desenvolve, sobretudo, com o desenvolvimento de substâncias analgésicas e da anestesia, questionou-se o papel da dor. Alguns médicos demonstraram como a dor pode reduzir a vida dos indivíduos a um “sinistro presente”. No contexto da década de 1980, com a fundação de instituições voltadas para elaborar pesquisa e ações para o enfrentamento da dor, a fibromialgia foi nominada pela medicina. A fibromialgia é uma doença que ainda está em processo de “enquadramento”, no sentido do conceito de C. Rosenberg, pois ainda suscita controvérsias no campo da saúde. A fibromialgia é uma doença que tem como principal sintoma uma dor intensa em pontos espalhados no corpo, porém os pacientes não têm inflamação (substrato anatômico). Tal doença está classificada no campo médico da reumatologia, no entanto, parece estar próxima ao campo da psiquiatria e/ou psicologia. Observamos que tanto pacientes (nos blogs) quanto o discurso médico sinalizam a depressão como um sintoma importante associado à fibromialgia. A doença relaciona-se com a produção de novas identidades.

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