Zonas de Contato no Piauí Oitocentista: rotas de retirantes e escravizados

Edson Holanda Lima Barboza

Resumo


Analisamos as condições que tornaram a seca, no final do século XIX, um problema que exigiu intervenções diretas de governos provinciais e imperial, observadas por meio de ações direcionadas ao controle do fluxo de retirantes, visando evitar saques ao comércio ou aos armazéns do governo, além da gestão dos socorros públicos. O Piauí esteve situado no centro das rotas de migração de retirantes cearenses, paraibanos e pernambucanos em direção às províncias do extremo Norte – Maranhão, Pará e Amazonas, a esses somaram outros milhares de retirantes piauienses. A circulação inesperada de migrantes em larga escala centralizou a atenção das autoridades políticas e policiais, principalmente em cidades próximas ao litoral, como Parnaíba; na fronteira com a província do Ceará; ou na ribeira do Parnaíba, com destaque para a capital, Teresina, sede da administração provincial. As repercussões das Diásporas de retirantes foram percebidas por parte de trabalhadores escravizados do Piauí, Ceará e de províncias vizinhas, ameaçados de serem vendidos para os cafezais do Centro-Sul, visualizavam na fuga do domínio senhorial seguida por migrações clandestinas como oportunidades para reverter sua condição jurídica, permitindo a cativos acessos a projetos de mobilidade, pois em alguns casos, ao procurar trabalho ou ocupação se identificavam como retirantes, posição que apesar de todas as privações poderia proporcionar a negros fujões novas direções em seus projetos de liberdade.

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