Infâncias institucionalizadas e socioeducação no sertão de Pernambuco: entrelaçando olhares e construindo novos diálogos

Resumo

O artigo propõe uma discussão sobre as infâncias institucionalizadas com um olhar para o sistema socioeducativo, no intuito de contribuir com o debate teórico e conceitual desse campo do conhecimento. Desse modo, construímos a narrativa a partir de entrevistas realizadas com profissionais de uma instituição socioeducativa de Pernambuco e do conceito de representações sociais. Os profissionais entrevistados trabalharam e/ou trabalham na instituição em diferentes momentos da sua história: um deles, foi monitor nos tempos da FEBEM e retornou como advogado depois do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. O outro, foi agente socioeducativo por um período, retornou e continua como professor de história desde que se organizou o processo de escolarização formal no sistema socioeducativo do Estado, em 2013, que ganhou um novo cenário a partir da Lei do SINASE de 2012. A partir dessa realidade, nosso interesse é elaborar, um diálogo entre as mudanças e permanências que permeiam a construção e execução das práticas socioeducativas para adolescentes em conflito com a lei, contribuindo, dessa forma, para o debate na construção de ações voltadas para os Direitos Humanos das meninas e meninos que estão no sistema socioeducativo.