O “caso Dora” no século XXI: reflexões sobre a teoria e a técnica psicanalíticas

Carlos Eduardo de Sousa Lyra

Resumo


Publicado por Freud em 1905 sob o título de Fragmento da análise de um caso de histeria, o “caso Dora” foi o primeiro caso clínico detalhadamente analisado por Freud após a criação da psicanálise; antes disso, Freud apenas descreveu alguns casos clínicos em Estudos sobre a Histeria (1895), de sua autoria junto com Breuer. No presente artigo, analisamos o famoso caso clínico freudiano, estabelecendo uma intertextualidade com passagens de alguns dos Seminários de Lacan, nos quais este psicanalista apresenta uma releitura do caso a partir dos indícios deixados por Freud acerca do componente homossexual do desejo de Dora. Com o relato da análise de Dora, torna-se evidente, posteriormente, o fracasso de Freud em detectar o fenômeno da transferência e utilizá-lo como ferramenta em função da qual seria possível manter o andamento da análise. Por outro lado, tal erro levou Freud a dar maior atenção à transferência, expondo as implicações técnicas que tal ferramenta pode ter no processo analítico. Freud, num ato de coragem e de honestidade científica, expõe seu erro na sua primeira publicação importante de um caso clínico para a psicanálise. Por último, fazemos uma breve reflexão sobre o “caso Dora” após pouco mais de cem anos de sua publicação por Freud, levando em conta o contexto científico de nossa época atual.

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