Tecnologia e Ruralidade. Considerações a partir da Tese da Colonização de Jürgen Habermas

Mauricio Fernandes

Resumo


O campo é retratado na literatura ocidental como lugar de atraso, contrapondo-se a cidade, isto, desde a obra inaugural da consciência ocidental: A Odisseia de Homero (séc. VIII AEC). Este “atraso” foi construído e veio consolidando-se historicamente a partir de vários contextos. Um destes contextos, expressivo na atual situação do campo, refere-se à tecnologia, ou antes, aos usos das tecnologias no âmbito do campo, no qual podemos ver um abismo marcado pela inexistência de transferência tecnológica, o que gera uma desestabilização e conflitos. Podemos identificar uma condição paradoxal entre o discurso propagador de uma imagem de “atraso” do campo e o discurso desenvolvimentista das grandes corporações que palmilham o campo. De um lado, temos um agronegócio high tech, que avança palmilhando o campo; e, de outro lado, há uma falta ou dificuldade de acesso do pequeno produtor à tecnologia de ponta. No tocante à reflexão proposta, nos limitaremos a abordar o problema do avanço tecnológico no campo tendo como recorte norteador a teoria comunicativa de Jürgen Habermas, e dentro desta, mais precisamente, a tese da colonização. Pretende-se uma análise do conceito de colonização utilizado por Habermas, enxergando aqui a possibilidade deste conceito nos fornecer elementos enriquecedores para uma compreensão do atual quadro de desenvolvimento do campo, bem como, uma compreensão dos problemas que envolvem os usos da tecnologia no âmbito do campo. Com isto intentamos explorar o modo de relação entre o avanço de uma ala estruturada tecnocientificamente – o caso do agronegócio, e o impacto desta no contexto das estruturas simbólicas que marcam o campo

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