Infância e juventude transviada na Primeira República: a retórica de liberdade construída pelos internos da Colônia Correcional dos Dois Rios (1910-1920)
Resumo
Este artigo avalia a gestão da infância pobre e abandonada na Primeira República, mais especificamente no Rio de Janeiro, então capital federal, cuja competência recaía sobre duas instâncias – a Polícia e o Judiciário. De igual maneira, pretende jogar luz sobre as estratégias acionadas pelos menores detidos na Colônia Correcional dos Dois Rios, com o fim de se libertar do confinamento na Ilha Grande (RJ). Criada em 1893, essa instituição abrigou um contingente amplo de adolescentes e adultos acusados de serem “vadios, vagabundos e capoeiras”, responsabilizando-se pela correção pelo trabalho dos acima citados. Os menores encontrados em “ociosidade” nas ruas da capital da República foram enviados para Dois Rios e tinham o seu destino arbitrado pela polícia e pela justiça. Assim, procuramos analisar os ofícios enviados pelos internos da Colônia ao chefe de polícia, visando a convencê-lo de que eram dignos da liberdade. O recurso à Justiça e o apelo para a chefatura de polícia revelam que estes adolescentes e, por vezes, crianças procuraram formas de exercer a cidadania e interromper o ciclo de detenção na Colônia, que poderia se prolongar por anos a fio. Os referenciais teóricos centram-se nos estudos de Foucault, Bretas, Godelier, Michelle Perrot, entre outros pesquisadores que se debruçam sobre as relações entre o Estado e a sociedade civil, explicitando a influência dos elementos simbólicos na conformação das relações sociais e nos instrumentos de poder. Tais pesquisas trouxeram uma especificidade para a presente análise construída a partir do diálogo interdisciplinar da História com a Antropologia.
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