Literaturas amefricanas: as poéticas da terra em contos de Oswaldo de Camargo e de Mónica dos Santos

Raimundo Silvino do Carmo Filho, Alcione Corrêa Alves

Resumo


Os estudos sobre literaturas amefricanas vêm ganhando profundidade à medida que a crítica afrodescendente se amplifica, mediante autores, obras e uma recepção dedicada a investigações sobre o tema. O presente artigo examina dois contos: “Negritude”, de Oswaldo de Camargo; e “El espíritu africano en Parque Capurro”, de Mónica dos Santos, sob aspectos de amefricanidade, categoria formulada por Lélia González (2020), visando a os compreender a partir de suas redes estabelecidas com uma unidade específica, própria às amefricanidades nas Américas. Parte-se da hipótese de uma relação, a ser estabelecida, entre a categoria de amefricanidade e a noção de négritude, desde o pensamento de Aimé Césaire, como ferramenta à análise de ambos contos. Como resultados esperados, as análises compreenderão as literaturas amefricanas enquanto uma rede de pensamento própria ao que nomeamos, nos limites desse artigo, poéticas da terra. Os pressupostos teóricos se amparam, notadamente, em González (2020), Bhabha (2014), Munanga (2013), Teodoro (2013), Glissant (2013) e Souza (2005).

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