Entre Imposições e subversões: discursos educativos sobre o Corpo, a Sexualidade e o Desejo Feminino na Revista Paraná Médico (1916-1930)
Resumo
Buscou-se neste artigo, analisar os debates e disputas que ocorreram em torno de ações educativas voltadas às mulheres, a partir da investigação da revista Paraná Médico (1916-1930). Foram selecionados artigos que tratam de casos clínicos descritos por médicos cuja temática se voltasse para as questões do corpo, do sexo e do desejo das mulheres. O objetivo do estudo foi compreender as práticas educativas não formais impostas às mulheres a partir da perspectiva da idealização do que era considerado sua função social no período estudado e identificar possíveis formas de resistência e subversão. A pesquisa fundamenta-se nas contribuições do contextualismo linguístico de Pocock (2003) e Skinner (2002), entendendo discurso como ato de fala, ação, atuação sobre o real e constituição da realidade, bem como na categoria analítica gênero de Joan Scott (1995). A revista destacava uma função idealizada das mulheres e seus papéis sociais de mães, esposas e donas de casa, entendendo-as como o núcleo central da família e responsáveis pela manutenção de uma ordem social heteronormativa, eurocentrada, branca e de dominação masculina - tal como preconizavam preceitos eugênicos em circulação no período. Os autores em seus textos, atribuem às mulheres que não se comportavam da maneira considerada por eles como adequadas, adjetivos como: histéricas e nervosas. No cotejamento das fontes, foi possível observar que houve por parte dessas mulheres condutas e comportamentos que buscavam a resistência e a subversão a partir de um discurso contraditório em relação às expectativas sociais que eram a elas atribuídas.
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