A mulher negra nas páginas do livro didático

Nádia Narcisa de Brito Santos, José Petrúcio de Farias Júnior

Resumo


 Neste estudo, objetivamos indagar a presença da mulher negra na narrativa escolar a partir dos livros didáticos de História, Língua Portuguesa e Artes, avaliados pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e distribuídos às escolas brasileiras para o Ensino Médio, em 2018. Questionaremos, em particular, a veiculação de representações sobre a mulher negra, tendo em vista o significativo impacto desse recurso didático à consciência histórica de jovens em formação. Partimos do pressuposto de que há, nas obras analisadas, a prática do racismo epistêmico em decorrência da subtração da mulher negra que beira ao seu apagamento na história. Por meio da abordagem decolonial, idealizada por Maldonado-Torres (2018), Mignolo (2014) e Quijano (2000), discutiremos as estratégias de minimização da presença e representação da figura feminina negra como marca do poder colonializador, a qual corrobora com práticas de racismo epistêmico nos materiais didáticos analisados. Dito isso, ratificamos o caráter lacunar e insuficiente da aplicação das leis (n° 10.639/03 e n° 11.645/08) para promover uma educação antirracista. Frente a tal cenário, consideramos que se faz necessária uma posição enfática e reflexiva do corpo docente, visto que o conhecimento é instrumento de poder e libertação e que a decolonização, em sentido amplo, implica, antes de tudo, a decolonização do saber e do ser.

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